Uma vez eu tive um amigo. Um verdadeiro companheiro. Quase
um irmão. Logo que saí da casa dos meus pais, para morar mais próximo do
trabalho, a gente começou a dividir os dois quartos de um apartamento. Nós
gostávamos de lutar. Fazíamos Jiu-jitsu e Muay Thai, e mesmo quando não
estávamos lutando na academia, vivíamos nos socando quando bebíamos, ou até
mesmo em casa, em momentos de tédio. E eu sempre venci as brigas. Eu era maior
e mais forte do que ele, então sempre parava na hora que achava que ele iria se
machucar muito. Mas ele sempre contou vitória, dizendo que eu tinha me cansado
e desistido. Um dia eu quis ver qual era o limite dele, o quanto ele demoraria
a desistir. E talvez, mostrar o meu desempenho máximo. Logo no começo, ele
ficou irritado. Eu também fiquei irritado com ele. E eu o matei, sem querer.
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